IGREJA


 PADROEIRA


      A Paróquia Nossa Senhora do Rosário foi criada em 22/12/1953 e instalada na cidade em 01/01/1954, tendo como primeiro Padre o Pe. Edwards Caldas Lins, que ficou na Paróquia de 1954 a 1961.
      A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam  pedrinhas para contar o número das orações vocais.  Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VII), havia sugerido a adoção de vários Grãos enfiados em um barbante.
     Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste par  Deus, com a oração do meu Saltério”
     Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas -  por isso Rosário -  é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
PÁROCO
         O padre atual de nossa Paróquia chama-se Pe. Antônio Araújo de Souza, nascido em Picuí-PB em 05 de abril de 1977. Sua Ordenação Presbiterial foi em 04 de agosto de 2009, chegando a Matriz do Rorário em 03 de abril de 2011.
Dados Pessoais
      Padre Antônio Araújo de Souza nasceu em 05/04/1977 na Cidade de Picuí, PB, no Curimatau paraibano. Filho de Mauro Araújo de Souza e Roselita Cunha de Souza. Cursou o Ensino Fundamental e Médio em Picui. Em 09 /03/ 2001 entrou para o Seminário Doicesano São João Maria Vianney em Campina Grande PB. É graduado com Licenciatura em Filosofia Pela Faculdade de Filosofia Ciência e Letras de Cajazeira FAFIC PB. É Bacharel em Teologia pelo Ateneu Pontificio Rainha dos Apostolos em Roma Itália.
      Foi Ordenado presbítero em 04 /08 /2009 no Seminário Diocesano. Nomeado Vigário Paroquial da Paroquia de Santa Ana em Alagoa Nova, PB, onde permaneceu por três meses.
      Nomeado Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário na Cidade de Prata, PB, onde trabalhou por nove meses, sendo em segunda designado para Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição na Cidade de Serra Branca, PB, lá servindo por seis meses.

       Nomeado por Dom Jaime Vieira Rocha Administrador  Paroquial da Paróquia de Nossa senhora do Rosário na Cidade de Aroeiras, PB, no dia 03 de Abril de 2011 até o presente momento.

Pastorais e obras:
  • Pastoral da Juventude
  • Encontro de Jovens Reavivados em Cristo
  • Pastoral familiar 
  • Pastoral do idoso
  • PASCOM (Pastoral da Comunicação )
  • Pastoral da Acolhida
  • Pastoral Carcerária 
Obras:
Construção dos banheiros da igreja matriz de Aroeiras
Construção do Salão Paroquial na cidade de Gado Bravo
Reforma do salão paroquial da igreja matriz de Aroeiras
Reforma do Presbitério da Igreja Matriz. 
Reforma do Forro da igreja matriz de Aroeiras
Forro da igreja de Nossa Senhora da Conceição no sítio Torres
Reforma Capela de São Sebastião no sítio Manuelas (primeira igreja de Aroeiras)
Reforma da capela de Santo Antônio no sítio Cachoeira Grande  
Forro da igreja de São José na cidade de Gado Bravo
Reforma Capela Campo Alegre em Gado Bravo 
Reforma Capela Guaribas do meio em Gado Bravo
Reforma Capela Cacimbas em Gado Bravo
Reforma Capela Pedra Dágua em Gado Bravo
Reforma Capela Juremas em Gado Bravo
Reforma Capela Lagoa de Umburanas em Gado Bravo . 
Reforma construção Boa Vista em Gado Bravo 

Forro  e piso da Igreja da Sagrada Família em Aroeiras
Reforma Capelas Papagaio em Aroeiras
Reforma Volta Grande em Aroeiras
Reforma da Igreja de Riachão em Aroeiras
Forro e Piso da Igreja do Bernardo em Aroeiras.

VIGARIO PAROQUIAL

Padre José Marcondes Neves

Padre Marcondes nasceu em 20 de maio de 1979,foi batizado na Igreja de São Domingos pelo padre Léo Dênis.
Admissão no Seminário São João Maria Vianney em 02 de fevereiro de 2006 em Campina Grande -PB.é Graduado em Filosofia no Seminário São João Vianney 2006-2010. Cursou Telogia na Pontifícia da Santa Cruz em Roma,2010 á 2013.
Sua ordenação Sacerdotal  aconteceu no Santuário do Sagrado Coração de Jesus em Campina Grande por Dom. Manuel Delosn Cap. Bispo de Campina Grande,no dia 25 de abril de 2014.


PASTORAIS
                Pastoral da Criança – A Pastoral da Criança é um Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Tem como objetivo o desenvolvimento integral das crianças e promove, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção  de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.
                Pastoral dos enfermos – A Pastoral dos Enfermos deve ir ao encontro dos doentes tanto nos hospitais e casas de saúde como nos domicílios particulares. São ambientes diferentes que exigem também um modo diferente de fazer pastoral.
                A Pastoral dos Enfermos terá como preocupação principal de toda a sua ação evangelizadora: humanizar e cristianizar os ambientes de tratamento dos doentes; Dar um sentido cristão ao sofrimento; Atingir o coração do enfermo e aproximá-lo de Cristo; Levar o enfermo a tomar uma atitude de fé e esperança perante a dor; Fazer do doente um apóstolo pelo exemplo de sofrimento assumido.;Um fator importante para essa Pastoral é ver, aceitar, atingir e tratar o doente como um todo: físico, psíquico e espiritual.
                Pastoral de Batismo – Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta de entrada para a vida na comunidade e o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornando-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e Participantes de sua missão.
                Pastoral do Dízimo – Dízimo é um ato de fé, de compromisso, de gratidão e de reconhecimento a Deus pelo que Ele é e pelo que fez e faz por nós. Ao oferecer o Dízimo o cristão expressa a sua convicção de pertença a Deus, tanto de si mesmo como de tudo o que possui. Antes, portanto, de ser partilha o Dízimo é ação de graças.
                É importante saber que, por intermédio do Dízimo, o cristão reconhece que deve devolver, retribuir a Deus uma parte dos bens que lhe são dados pelo mesmo Deus. Ao conseguirmos algo, é porque Deus quer e permite. Essa atitude dee levar cada um de nós a conscientização de que fazemos parte de uma comunidade pela qual cada um de nós é responsável.
               Pastoral da Catequese
            Pastoral do Crisma -  Crisma é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o fiel ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da infância para a fase adulta: é o Sacramento da maturidade cristã. Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. A palavra Crisma vem do grego e significa óleo da unção. O termo, no feminino (a Crisma), refere-se ao Sacramento, e no masculino (o Crisma), refere-se ao óleo de ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
A Crisma é a Confirmação do Batismo porque fortalece a Graça que este nos confere: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito. Ao atingir a maturidade na fé, por sua própria decisão e convicção, o cristão escolhe confirmar a sua condição de filho de Deus, cristão batizado e membro do Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.
Três passos são necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; a unção com o óleo na fronte; a palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.
É o Bispo quem ministra o Sacramento da Crisma, mas em sua ausência pode delegar essa missão a um padre. Durante a celebração, o Bispo suplica os Dons do Espírito Santo na seguinte oração: “Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo destes uma vida nova a estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do Espírito do vosso temor.”
Por que receber a Crisma? - Porque é o Sacramento que faz o autêntico cristão. Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho, ser coerente ao compromisso assumido. A Crisma nos torna soldados de Cristo, é o Sacramento da maturidade na Fé, da responsabilidade.
As Escrituras revelam que o Espírito Santo leva a vida humana à sua plenitude, Vontade do Pai para nós. A Confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo.
A Crisma expressa o aspecto dinâmico, ativo e evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outro é chegar à plenitude da santidade. Evoluir, neste caso, é crescer na vida iniciada no Batismo: um processo contínuo que dura até o fim desta vida. Não podemos permanecer “semente”; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos.
Os 7 Dons do Espírito Santo:
Sabedoria - Não sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a Verdade, que é Deus, Fonte da Sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia e na orientação da Igreja.
Entendimento - Dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.
Conselho - É a luz para distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e as vidas daqueles que precisam de um conselho nosso.
Ciência - Não é a ciência do mundo, mas a ciência do Sagrado, das coisas de Deus. Ciência da Verdade e da Vida. Por esse Dom, o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa verdadeira vocação.
Fortaleza - É o Dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, até mesmo no martírio, se for preciso.
Piedade - É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.
Temor de Deus - Não é medo de Deus: “O Perfeito Amor lança fora o medo; quem tem medo não é perfeito no Amor” (Jo 4, 18). Significa viver o Amor sincero por Deus, tão grande que queima o coração de respeito e sincera devoção pelo Criador. Não é pavor da Justiça Divina, é zelo em agradar a Deus.
A Crisma na prática
Quem pode receber a Confirmação? Todo batizado pode receber este Sacramento (Cân. 889, §1) uma vez. Para recebê-la licitamente é necessário estar devidamente preparado, disposto e em condições de renovar as promessas do Batismo (Cân. 889, §2). Como regra geral, a idade mínima é de 14 anos. O candidato à Confirmação deve professar a fé, estar em estado de graça (confessar antes), ter a intenção de receber o Sacramento e estar preparado para ser discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nas ocupações temporais (CIC §1319).
Padrinho/Madrinha: não podem ser os pais do crismando (Cân. 893 e 874). Precisa ser católico, confirmado, ter recebido o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e estar disposto a orientar sua vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir (Cân. 874, §1). Precisa ter dezesseis anos completos, a não ser que outra idade seja determinada pelo Bispo diocesano (Cân. 874, §1). É desaconselhável escolher como padrinho o esposo(a), namorado(a) ou noivo(a). Alguém de outra religião pode ser admitido como testemunha da confirmação, ao lado de um padrinho católico.
Preparação: Após a primeira Eucaristia, o adolescente deve participar de encontros de perseverança e atividades paroquiais próprias para sua idade, dando continuidade ao processo de formação na Fé. Os padrinhos e pais devem acompanhar a formação do crismando, e participar dos encontros e palestras promovidas pela Igreja, sobre temas bíblicos, morais, doutrinários e litúrgicos. A formação da Crisma tem duração de 2 anos, os encontros acontecem mensalmente, organizados da seguinte forma: reunião com os crismandos primeiro e terceiro sábado, segundo sábado encontro com os animadores e quarto sábado missa com a juventude.
Quanto ao conteúdo e métodos de preparação, recomendamos as publicações “Orientações para Catequese da Crisma” (1991) e “Fortalecidos no Espírito” (1998), da CNBB. A preparação deve ter a duração de ao menos um ano, com encontros de evangelização e formação na fé, bem como a participação nas celebrações da comunidade.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. 
Capela de Nossa Senhora do Rosário.

SACRAMENTOS


OS SACRAMENTOS são sinais visíveis da graça de Deus que atingem todas as etapas da vida cristã. São sinais permanentes e marcantes. Uma vez recebido o sacramento, o cristão fica marcado. Daí o dito popular "foi sacramentado", quer dizer, não tem volta. Os sacramentos foram instituídos por Cristo para dar vida, crescimento, cura e missão.
     O maior sinal que Deus deu ao mundo foi Jesus Cristo, por isso se diz que Jesus é o sacramento do Pai.
     Os sacramentos não são uma mordomia espiritual, mas necessidade vital. A fraqueza humana nos marca a todos. Somos pecadores, necessitados de Redenção. Buscamos ser santos, isto é, buscamos realizar a vontade de Deus em nossa vida. Os sacramentos são caminho de santidade. Libertam-nos do egoísmo, que está sempre presente em nós, e nos fazem atingir a maturidade espiritual. Necessitamos, continuamente, de CONVERSÃO E LIBERTAÇÃO.
      Jesus instituiu para sua Igreja sete sacramentos, que têm a sua estrutura apresentada na Bíblia, na própria Palavra de Deus. A Igreja os organizou da seguinte forma:

          Sacramentos de Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Confirmação (Crisma);
          Sacramentos de Cura: Reconciliação (Confissão) e Unção dos Enfermos;
          Sacramentos de Missão: Ordem e Matrimônio.

BATISMO
"Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". (Mt 28,19)
O primeiro sacramento pelo qual nos tornamos membros de Cristo. Somos incorporados à sua Igreja e feitos participantes de sua missão. Isto significa que cada um de nós ao ser batizado recebe um sacerdócio, que o torna participante do culto. Profeta para anunciar a boa nova e denunciar as injustiças. Rei para o serviço pastoral. Cristo sendo Rei, não veio para ser servido, mas para servir.
     O Batismo nos purifica do pecado original. Os méritos da Paixão de Cristo nos inundam. É a nossa Páscoa. O Batismo nos delega a continuar a obra salvífica de Cristo, a Redenção dele, fazendo-nos Igreja, sinal do amor de Deus, no mundo.
     O Batismo nos joga nos braços de Deus-Pai, o Criador; de Cristo, o Redentor; do Espírito Santo, o Santificador, aquele que dá forças e completa a obra redentora, no mundo, na história, em cada um de nós.

CONFIRMAÇÃO (CRISMA)
"Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam os Espírito Santo".
(At 8,17)
O sacramento da Crisma é uma reedição do Batismo, sublinhando e confirmando o Batismo. Insere-nos mais dentro da Igreja. O Espírito Santo vem habitar em nós. No ritual da Crisma, o bispo reza: "Recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o Dom de Deus".
     O nosso "sim" a Cristo se torna mais consciente, mais adulto. Aquele que recebe o sacramento da Crisma já está consciente do valor sacramental.
     Pela Crisma, a vida da graça recebida no Batismo, adquire maturidade, responsabilidade. Assim, cheios do Espírito Santo, anunciamos ao mundo, a alegria de viver com Cristo.
     Existem três momentos importantes em que a Igreja se baseou para criar o sacramento da Crisma: Cristo, quando batizado, recebeu o Espírito Santo (cf. Mt 3, 16); Aparição aos apóstolos, após a ressurreição (cf. Jo 20, 22); O dia de Pentecostes (cf. At 2,1-13).

EUCARISTIA
"Então, Jesus lhes disse: 'Em verdade, Em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos'".
(Jo 6,53)
A Eucaristia é o modo de presença mais perfeito que Jesus encontrou, a fim de sintetizar seu amor para conosco. Amizade pede presença. Amor pede presença. Sabendo que deveria voltar ao Pai - depois de ter cumprido sua missão - Cristo sentiu saudades por antecipação. E instituiu o mistério da Eucaristia. Mistério de Amor - um Deus-conosco, através dos séculos.
     A Eucaristia revela um profundo sentido comunitário. Cristo conviveu três anos com os apóstolos. No final da vida pública, julgou-os preparados para aquele momento solene - a ÚLTIMA CEIA - em volta de uma mesa. Foi a primeira comunidade cristã reunida: a comunidade de Cristo. Eram seus melhores amigos.
     A Eucaristia é alimento para nossa viagem, através do tempo; força para nossa fraqueza, luz iluminando nossas trevas; arrimo para nossos passos vacilantes. É Deus conosco, dentro de nós, em comunhão conosco. Sem vida sacramental, sem Eucaristia, nenhum cristão sem mantém de pé, no mundo adverso, violento, desonesto, corrupto, desafiante, semi-pagão, materialista...
     Na Eucaristia, Cristo dá seu corpo em alimento e seu sangue em bebida. Um Deus presente, que se quebra e se derrama para que tenhamos VIDA. Toda a vida de Cristo é colocada a nossa disposição. Sua vida já não lhe pertence: é nossa. Pela Eucaristia, nossa vida é de Deus, nós a partilhamos com Deus. O grande segredo cristão será levar toda a nossa existência para dentro da Eucaristia e a Eucaristia para dentro da nossa vida. A recepção da Eucaristia estará sempre incompleta, sem raízes, enquanto não frutificar no cotidiano, em nosso relacionamento comunitário. Eucaristia, sem vivência de caridade, não passa de um ritual. "Onde existe caridade, aí está Deus". Assim, nossa vida torna-se um grito contra o ódio, a injustiça, a divisão, porque a Eucaristia é comunhão, fraternidade.

RECONCILIAÇÃO (CONFISSÃO)
"Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes:'Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados;
aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos'".
(Jo 20,22-23)
O 4º sacramento, chamado também de CONFISSÃO, é o sacramento do RETORNO, da SAUDADE. Saudade de um Deus, esperando a volta, o retorno do filho (Parábola do filho pródigo - Lc 15, 11-32).
     É o mais alegre dos 7 sacramentos, embora exija grande humildade. Tudo se transforma em festa, na casa do Pai, quando o filho retorna. A maior riqueza do coração humano é a paz interior. Cristo é a fonte da verdadeira paz e alegria interior. Longe de Deus, o homem se mutila, não se realiza, porque subverte o plano divino, afastando-se da felicidade.
     PENITÊNCIA é o sacramento do perdão de Cristo. É a misericórdia divina na terra. Existe um AMOR muito maior que o nosso pecado, um AMOR muito maior que a nossa própria vida. Este AMOR chama-se PERDÃO.
     Deus nos deixa livres para escolher entre amá-lo ou não, no entanto, a porta da misericórdia divina está sempre aberta. Deus não quer o pecado, mas recebe o pecador contrito. Deixa de lado o pretenso santo (Parábola do fariseu e do publicano - Lc 18, 9-14). Deixa-nos fazer a experiência do pecado, mesmo que o pecado seja uma realidade trágica, numa dimensão de fé, de eternidade. O pecado mortal é um "não" a Deus, é um rompimento com Deus, é a perda da sua amizade, da sua graça. Mas, no fundo do abismo de nosso pecado, a mão do amor de Deus vai buscar-nos. "No céu, haverá maior alegria por um pecador que volta... Vim para os doentes e não para os sadios... Mesmo que teus pecados forem numerosos como as areias das praias do mar, meu perdão existe".
     Nossa raiz última é Deus. O pecado corta a vida, nas raízes. No sacramento da Penitência, o mais importante não é o pecado, mas o perdão. Contamos nossos pecados e ganhamos a misericórdia de Deus que nos acolhe e perdoa. Não conta o ontem, mas conta o hoje, a atitude interna de querer corrigir, melhorar: o arrependimento, a contrição.
     Momentos básicos do Sacramento: Exame de consciência - Arrependimento (contrição) - Desejo de emenda - Confissão sacramental ao padre - Cumprimento da penitência.
     Na confissão, o essencial não é contar os pecados, a lista toda... mas a DOR de ter voltado as costas ao Pai, de tê-lo machucado, traído.., juntamente com o DESEJO DE EMENDA, de querer melhorar. A absolvição do padre é sinal de que Deus perdoa.
     A contrição é o sentimento de humildade que nos faz conhecedores de que necessitamos do perdão de Deus. Sentimos porque ofendemos a Deus tão misericordioso para conosco. A atrição é o medo do castigo, da condenação. Não é suficiente para o perdão...
     Perdoar é readmitir, dar uma nova oportunidade. Se Deus não nos desse novas oportunidades, como estaríamos nós? Por isso, eu também preciso perdoar os outros. "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido".
     O desejo de Cristo é que toda sua Igreja seja perdão e reconciliação. A reconciliação cura a alma.
Saiba como se preparar para a confissão.

UNÇÃO DOS ENFERMOS
"Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam orações sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados".
(Tiag 5,14-15)
Unção dos enfermos é o sacramento onde Cristo se manifesta com sua graça, sua força, seu perdão, infundindo serenidade e, muitas vezes, restituindo a saúde. É Sacramento-vida para quem se avizinha da morte, lembrando que somos todos peregrinos a caminho da Ressurreição. Onde existe fé, brilha sempre uma esperança: a morte não é o fim, mas o início de uma vida nova. A vida eterna com Deus.
     É a última purificação que Cristo nos propicia, antes de empreender a GRANDE VIAGEM e adentrar a Casa do Pai. Limpa nossas últimas culpas, por isso a unção nas diversas partes dos sentidos.
     Pode ser repetido. Não se deve deixá-lo para os estertores da morte, para a última hora. Não se trata de um "tiro de misericórdia", embora tenha uma conotação de Sacramento do ADEUS, de partida final rumo à eternidade.
     A morte nos lembra a fugacidade da vida. É sabedoria viver para a eternidade. Só o AMOR CONSTRÓI A ETERNIDADE. Tudo morre, menos o amor, que revela na compreensão, na bondade, na misericórdia. A morte envia recados: desconversamos, normalmente; não queremos nem pensar. Diante de um cadáver, nos sentimos pequenos, silenciamos. A morte nos fala da vaidade humana, das nossas futilidades, dos nossos apegos infantis. A morte é a ponte... que leva a Deus.

ORDEM
"Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos".
(2 Tim 1,6)
Cristo preparou seus discípulos para assumirem sua Igreja, pois sabia que deveria retornar ao Pai. Os padres perpetuam, no mundo, na igreja, a obra salvadora de Cristo.
     O padre interpreta o Evangelho e sua doutrina para os homens. Prega, confessa, celebra, lembra as verdades eternas. Perdoa, em nome de Cristo, em nome da Comunidade, aceitando de volta, na Comunidade da igreja, quem se arrepende, como vimos no sacramento da Penitência. Seu gesto de absolvição é o sinal visível de que a paz retornou à nossa casa, ao nosso coração, à nossa vida. Age na pessoa de Cristo. Administra os Sacramentos. É o animador das comunidades. A ponte entre Deus e os homens.
     Como Cristo, na Palestina, o padre é um sinal de contradição. Amado e odiado, respeitado e criticado. Cristão adulto entende que o padre é humano também e, por isso, limitado. Então procura ser amigo, amparar, dar força e até mesmo orientar, aconselhar. Quem tem preconceito contra padres, sempre vai encontrar alguma coisa para criticar, censurar, caluniar.
     "Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferece dons e sacrifícios pelos pecados. Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no erro, porque também ele está cercado de fraqueza. Por isso, ele deve oferecer sacrifícios tanto pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo" (Heb 5, 1-3).
     Como cristãos autênticos, desvendamos nossa alma, nosso foro mais íntimo, ao sacerdote. Esse voto de confiança, esse partilhar as dobras mais íntimas da alma alheia, faz o padre tocar as profundezas da alegria e os abismos da miséria humana pecadora.
     O padre tem de ajudar as almas a reencontrarem a paz interior, o sentido e a alegria de viver, de sorrir. Deve ser um pouco Cirineu das pessoas, ajudando-as a carregar sua cruz, a se reencontrarem consigo, com os irmãos, com o PAI. É assim que o padre é um amigo de Deus e dos homens. E por isso, vale toda e qualquer renúncia (Parábola do Bom Pastor - Jo 10, 1-6).

MATRIMÔNIO
"Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne"·
(Mt 19,5)
O Sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com sua Igreja e por isso é "mistério sublime", no dizer de São Paulo (cf. Ef 5,32). O matrimônio cristão deve tornar-se um sinal profético do amor de Deus para com a humanidade, no Senhor Jesus.
     Pela fé, os esposos chegam à vivência do amor no matrimônio, como participação e como sinal do Deus-amor-aliança. Eles têm a missão de participar na transformação do mundo e da sociedade. O amor conjugal, no contexto cristão, é um compromisso com a comunidade humana e cristã.
     A celebração do matrimônio expressa a graça e a força do Espírito de Jesus. Visa, pois, a confirmar a disponibilidade dos esposos em assumirem seu amor conjugal no contexto de fé, com suas metas e seus serviços. E ainda precisa realçar o compromisso da comunidade para com os esposos, no sentido de ajudá-los a cumprir a missão que o amor cristão exige deles neste sacramento.
     Primeiramente, os esposos devem fidelidade a JESUS CRISTO, e só então ao outro cônjuge. É nesta fidelidade e neste amor, que a família deve ser construída.
     Sem a iluminação da fé, a vida matrimonial facilmente se horizontaliza. Não é fácil assimilar bem todos os ângulos do Sacramento do Matrimônio: sacramento do AMOR, símbolo do amor trinitário (Pai, Filho e Espírito Santo).
     Muitos lares se desmoronam por falta do INFINITO dentro deles. Deus não resolve todos os problemas pessoais, familiares, educativos, mas AJUDA. Família sem Deus é família pela metade. Família que tem fé e reza tem outra dimensão: mais profunda e mais sagrada.
Fonte:
     Resumo das Palestras sobre Sacramentos feitas por Pe. João de Deus, Zuleida e Ari.
   
LIRURGIA
Liturgia é a celebração dos batizados reunidos em nome do Senhor Jesus, que adquiriu para nós a filiação divina, tornou-nos seus irmãos, membros do mesmo Corpo e ramos da mesma árvore.
     A Liturgia cria e expressa a comunidade cristã, precisamente porque é o serviço de salvação que a Igreja presta a seus filhos, no grande louvor a Deus, em nome de toda a humanidade.
     Quando se busca estudar a Liturgia e se compreende o seu valor, percebe-se que nela se expressa a vida da Igreja. A partir daí, as celebrações da comunidade se tornam cheias de ardor, de alegria, de expressão de fé, pois "o povo celebra aquilo que acredita".
     As Equipes de Liturgia devem fazer os fiéis participarem do culto, acolhendo os irmãos e motivando-os a "uma participação ativa e frutuosa", como pediu o Concílio Vaticano II.
PARTES DA MISSA
(A Missa com todas as suas partes)
I - RITOS INICIAIS
1. Acolhida - A acolhida é feita pelos recepcionistas, que se encontram à porta, cumprimentando as pessoas e lhes entregando o folheto para acompanhar a celebração.
A seguir, o comentarista acolhe os fiéis, introduzindo-os no sentido da celebração do dia.

2. Procissão de entrada
- Com o canto de entrada, ou canto inicial, temos a primeira manifestação da alegria dos irmãos batizados, que se encontram para o louvor à Santíssima Trindade. O canto inicial deve manifestar o mistério que será celebrado, introduzindo o tema central da liturgia do dia. Deverá fazer a comunidade vibrar de entusiasmo pela celebração, pelo louvor a Deus.
3. Saudação - O padre faz o sinal da cruz e saúda os fiéis convocados por Deus e reunidos para o louvor e adoração a Deus. No missal, existem fórmulas de saudação, quase sempre retiradas das cartas de São Paulo. Também poderá fazer uma saudação mais de acordo com a assembléia presente, com fundamentação teológica, litúrgica e pastoral para o momento.
4. Ato Penitencial - Aqui se expressa o desejo de conversão, de mudança de mentalidade, de transformação da pessoa. O reconhecimento dos próprios pecados leva-nos a pedir um perdão generoso a Deus. É o primeiro passo necessário à conversão a Deus e aos irmãos. Por isso, dizemos: Confesso a Deus e aos irmãos e irmãs.
5. Hino de Louvor - "Glória a Deus nas alturas". É o louvor e a adoração ao Deus uno e trino. Este canto possui três partes. Na primeira parte, temos o sentido da liturgia: a glorificação de nosso Deus e a nossa santificação, como conseqüência. Na segunda parte, o Filho é invocado com os títulos de Unigênito e Cordeiro, porque as profecias do Antigo Testamento se realizaram em Jesus de Nazaré.
     Na terceira parte, temos a exaltação de "Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai".
     O grande louvor à Trindade Santíssima coloca Jesus Cristo no centro da oração e súplica da comunidade que celebra. Junto do Pai, na glória que possuía antes que houvesse mundo, Jesus vive e reina para sempre.
     Neste canto, nós saímos de nós mesmos para louvar a Deus, não porque Ele nos criou, ou nos cumulou de alguns dons, mas sobretudo, em razão de sua imensa glória.
6. Oração da Coleta - a primeira oração recitada pelo presidente da celebração, que termina com o assentimento de toda a comunidade, pelo AMÉM. O padre, ao dizer "Oremos", faz um instante de silêncio, para recolher as intenções de todos os fiéis da assembléia. Há também o costume de fazer-se a leitura de intenções previamente anotadas para a celebração. O sacerdote focaliza, diante de Deus, o mistério a ser celebrado.

II - LITURGIA DA PALAVRA (MESA DA PALAVRA)
A Liturgia da palavra é também chamada de mesa da Palavra, porque é a Proclamação da Palavra de Deus, para alimento da comunidade.
1. Primeira Leitura - quase sempre de um dos livros do Antigo Testamento, narra o anúncio profético dos acontecimentos que envolvem a pessoa de Jesus Cristo. A comunidade eclesial poderá reconhecer sua estreita ligação com o povo de Deus na primeira Aliança, podendo perceber a dimensão histórica da salvação.
2. Salmo responsorial - É o salmo de resposta, parte integrante da liturgia da palavra, que nunca se pode omitir. A assembléia celebrante dá uma resposta à Palavra de Deus que lhe foi anunciada.
3. Segunda Leitura - Apresenta-nos uma experiência de vida cristã. A comunidade se deve comprometer com a "ação". Sempre vem das cartas do Apóstolo Paulo e de outros Apóstolos e do livro dos Atos dos Apóstolos.
4. Aclamação ao Evangelho. Os fiéis são convidados a aclamar Jesus Cristo que chega na sua própria Palavra. Todos ficam de pé, em sinal de profundo respeito e de generosa disponibilidade para ouvir e seguir a mensagem de Jesus. Canta-se o ALELUIA com um versículo, que traduz o sentido do Evangelho.
5. Terceira Leitura - proclamação do Evangelho. Aqui, é o anúncio da Salvação. A mensagem é dada pelo Senhor Jesus. É a razão pela qual o Evangelho é proclamado por um ministro ordenado (diácono, padre e bispo), e a comunidade o ouve de pé.
6. Homilia - A palavra da Igreja, numa conversa familiar em que, partindo dos textos sagrados proclamados, o pastor explicita o seu sentido, relacionando-os com a vida concreta dos fiéis participantes da celebração.
7. Profissão de Fé - o Credo. É uma declaração pública consciente e firme da comunidade, que recebeu a fé dos Apóstolos e, agora, se compromete a viver esta mesma fé. O Credo é o "Símbolo dos Apóstolos". Nas festas mais solenes, recita-se o Credo maior, chamado Niceno-constantinopolitano.
8. Preces da comunidade ou oração dos fiéis. Aqui, a Igreja faz suas preces, de acordo com a assembléia celebrante. As preces devem expressar a vida da comunidade. Devem ser preparadas com antecedência, para evitar vexames. Momento de pedir por todas as necessidades. E a comunidade deverá fazer isso, com muita simplicidade. Pode haver um momento de espontaneidade.

III - LITURGIA EUCARÍSTICA (MESA DO PÃO EUCARÍSTICO)
Também denominada a mesa do pão eucarístico, a Liturgia eucarística chama todas as atenções para a mesa do altar.
1. APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS.

Procissão das ofertas - O pão, o vinho e a água são as ofertas que são trazidas pelos fiéis, em procissão, para o altar.
     Aí, o sacerdote as recebe e apresenta a Deus, o Senhor da vida. Nesse instante, os fiéis costumam fazer seus donativos, que significam a partilha da vida e dos bens que sustentam a comunidade e se distribuem entre os irmãos, sobretudo os mais carentes.
     O padre coloca algumas gotas de água no vinho que vai ser consagrado e isso possui o simbolismo de que a humanidade inteira mergulha no oceano imenso da divindade que nos salva. A oração que o padre recita é a seguinte: "Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade daquele que se dignou a assumir a nossa humanidade".

Convite a oração - "Orai, irmãos e irmãs". O sacerdote convida os fiéis, recordando-lhes que a oração da assembléia cristã se dirige a Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
     A resposta dos fiéis deixa bem claro que o sacrifício de Cristo, realizado uma vez por todas na cruz, torna-se presente cada vez que a Igreja realiza aquilo que o Senhor fez na última ceia e mandou que os apóstolos o repetissem, até o fim dos tempos. Por essa razão, a missa é o sacrifício de todo o cristão.

Oração sobre as oferendas - O padre profere uma oração sobre as oferendas trazidas para a celebração. A mesa está preparada e a ceia já vai começar.
2. ORAÇÃO EUCARÍSTICA
Prefácio - Um hino de louvor e de ação de graças, que abre a oração eucarística. Uma saudação feita a Jesus Cristo, que vai chegar na presença eucarística. É precedida por um diálogo entre o celebrante e a assembléia. Uma saudação de boas-vindas ao visitante que chega, e este é Jesus. O motivo da festa á a chegada dele.

Santo - o canto do Santo é o coroamento desta saudação, como resposta alegre da assembléia a todos os motivos de ação e de agradecimento, que o padre enumerou no prefácio.

Oração eucarística - o centro de toda a celebração. O nome de Deus Pai inicia a oração. Aparece então o relato da instituição da ceia de Jesus, com tudo o que Ele fez na última ceia. Expressa a consciência de que o louvor e a ação de graças da Igreja se resumem na refeição eucarística. A missa é uma refeição, um banquete festivo.
     O ponto culminante da celebração eucarística é a CONSAGRAÇÃO, instante da transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Em nome da comunidade, o padre oferece ao Pai o pão da vida e o cálice da salvação.

As preces de intercessão chamam-se "mementos" - lugar no qual se colocam os santos, os vivos aqui na terra e os mortos. Percebemos, então, que formamos um só corpo, a IGREJA.

A oração eucarística se conclui com a Doxologia "Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
     A assembléia responde com o "AMÉM" solene, cheio de sentido e de beleza, porque está de acordo com tudo que foi proclamado e o grande ofertório de JESUS ao PAI.


RITO DA COMUNHÃO

Temos um conjunto de orações e de gestos, que realçam a dimensal pascal da ceia do Senhor, aqui no Rito da Comunhão.
Vejamos:
   O Pai-nosso (a oração dominical, isto é, ensinada peio Senhor Jesus)
   A paz pedida e oferecida entre irmãos
   A fração do pão
   A refeição que os irmãos fazem juntos (comunhão eucarística propriamente dita)


     PAI-NOSSO - É a ponte de ligação entre a oração eucarística e a banquete festivo do Cordeiro, a refeição dos irmãos.
     Não há melhor síntese de tudo o que rezamos na oração eucarística do que o Pai-nosso. E constitui a melhor preparação para a comunhão eucarística.
     Após o Pai-nosso, vem a oração da paz. Dom pascal precioso é o dom da paz. Quando o Senhor ressuscitado aparece aos discípulos, comunica-lhes a paz. O sacerdote pede a paz para toda a Igreja, para todo o mundo e para todos nós participantes da celebração.

     ABRAÇO DA PAZ - Chama-se assim o cumprimento que os irmãos se dão mutuamente, após a saudação do sacerdote, desejando-lhes a paz do Cristo. Os fiéis gostam de cantar alguma melodia que se adeque ao sentido da paz.

     FRAÇÃO DO PÃO - O padre parte o pão eucarístico (a hóstia consagrada). É um gesto utilitário, para facilitar a comunhão; é a partilha. O diácono fracionava o pão ázimo durante as celebrações, para distribuí-lo aos fiéis no momento da comunhão. Nunca nos esqueçamos que foi "ao partir o pão" que os discípulos reconheceram Jesus, após a ressurreição. Há muitos outros significados e, entre eles, de que formamos uma único corpo, que é a Igreja.
     Durante a fração do pão, canta-se o "Cordeiro de Deus". Repetem- se as mesmas palavras com as quais João Batista apontou Jesus, com o título messiânico de "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo".
     Um pedacinho do pão eucarístico é colocado no cálice, que contém o precioso sangue do Senhor. Significa a realidade da unidade dos cristãos em Jesus; significa o corpo eclesial do Senhor.


COMO COMUNGAR? A pessoa que está devidamente preparada pela confissão sacramental, pela participação na missa, pedido de perdão de seus pecados também no ato penitencial, deverá aproximar-se da mesa da comunhão, com muito respeito e dignidade. Deve estar na graça de Deus, isto é, sem pecado mortal ou pecado grave; deve estar em jejum eucarístico, isto é, não ter tomado alimento sólido ou líquido, pelo menos uma hora antes da comunhão; deve usar ainda um traje decente.

Quem recebe a comunhão na mão deve observar:
a) ter as mãos bem limpas; b) estender a mão esquerda aberta sobre a mão direita, formando uma espécie de trono para acolher Jesus, que chega; c) logo após o ministro ter colocado a partícula consagrada na mão esquerda, o comungante deverá pegá-la com a mão direita e levá-la à boca; d) Caso perceba que ficou na mão algum fragmento da sagrada partícula, deverá levá-la à boca.

Após receber a sagrada comunhão, o fiel retornará a seu lugar e, ali, na posição mais cômoda e respeitosa (de pé, de joelhos ou sentado), dará a ação de graças, vivendo sua intimidade com Jesus, buscando uma total união com Ele, procurando sentir como São Paulo: "Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim".


ORAÇÃO PARA DEPOIS DA COMUNHÃO - As diversas partes da missa terminam sempre com uma oração presidencial. Assim, tivemos a COLETA, no rito inicial; a ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS e agora, a PÓS-COMUNHÃO. Aqui, o sacerdote faz uma referência ao acontecimento do dia, um agradecimento e a recordação de que a eucaristia é o alimento da vida eterna e penhor da glória futura.

IV - RITOS FINAIS
Vivência - O comentador pronuncia uma mensagem com o objetivo de fixar o sentido da celebração. Deverá ser tirada dos textos bíblicos proclamados durante a celebração. Será uma síntese da participação na celebração litúrgica, que vai ser lembrada durante a semana, ou durante o dia.
Avisos - Família que é, a comunidade precisa de avisos, seja para anunciar acontecimentos, ou para a disciplina, ou ainda para lembrar aos fiéis certos eventos, mesmo costumeiros. Seria ótimo que todos fossem escritos, para não tomar mais tempo com os avisos do que com a celebração.
Bênção final. A bênção final é voltada para a Santíssima Trindade, com a invocação do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Precisamente, aqui, a comunidade celebrante acolhe o dom da presença transformadora de Deus, que estimula, protege e sustenta a caminhada na fé.
Despedida - O sacerdote ou diácono despede os fiéis, dizendo: "Ide em paz e o Senhor vos acompanhe". Jesus, o vivente, o Vitorioso, o Ressuscitado, caminha conosco, hoje e sempre, do mesmo modo que andou com os discípulos, a caminho de Emaús.
O último gesto do celebrante é a saudação que faz ao altar, beijando-o, como fez no início da celebração. O altar é a Mesa, onde se realiza a ação litúrgica. A Igreja vive em torno desta mesa e é dela que nos vem luz, auxílio, graça e salvação.
Canto final - O povo de Deus está contente porque celebrou os mistérios sagrados de Jesus Cristo e encontrou-se com Ele e com os irmãos na fé. É por isso que, agora, canta a glória de Deus e louva-O com alegria, antes de partir em missão.

OBJETOS LITÚRGICOS
Hóstia
É o pão de trigo puro. Há uma Hóstia grande para o Presidente da Celebração e as pequenas para o povo. A do Padre é grande para ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da Celebração.

Vinho
É vinho puro, de uva. Assim como o pão se muda no Corpo de Cristo na consagração, o vinho se muda no Sangue do Senhor, vivo e ressuscitado.

Cálice
É uma "taça" revestida de ouro ou prateada. Nele se deposita o vinho a ser consagrado.

Âmbula
É semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela se colocam as hóstias. Após a Missa é guardada no sacrário com as hóstias consagradas.

Patena
É um "pratinho" de metal. Sobre ele se coloca a hóstia grande.

Água
É água natural. Serve para purificar as mãos do sacerdote e ser colocada no vinho (umas gotas só), para simbolizar a união da humanidade com a Divindade, em Jesus. Também é usada para purificar o cálice e a âmbula.

Pala
É uma peça quadrada, dura, (um cartão revestido de linho). Cobre o cálice.

Sanguinho
É uma toalhinha comprida, branca. Serve para enxugar o cálice e a âmbula.

Corporal
É uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque sobre ele coloca-se o Corpo do Senhor (âmbula e cálice), no centro do altar.

Galhetas
São como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água, na outra, o vinho. Elas estão sempre juntas, num pratinho, ao lado do altar.

Manustérgio
Vem da palavra latina "manus", que quer dizer "mão". É para enxugar as mãos do Presidente, no ofertório. Acompanha as galhetas.

Missal
É um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as leituras, que estão num outro livro chamado Lecionário. Nosso Missal é o "Romano", porque é aprovado pelo Papa, que tem sua sede em Roma, embora a Missa seja na língua pátria.

Crucifixo
Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor. Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o "Sangue da Aliança, que ia ser derramado por muitos para o perdão dos pecados". (Cf. Mt 26, 28)

Velas
Sobre o altar vão duas velas. A chama da vela é o símbolo da fé, que recebemos de Jesus, "Luz do Mundo", no Batismo e na Crisma. É um sinal de que a Missa só tem sentido para quem vive a fé.

Flores
Em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não é "sobre" o altar, mas ao lado dele, pois o altar não é para pôr "coisas".

CORES LITÚRGICAS
Branca
Natal, Páscoa, Missas de Nossa Senhora, Confessores, Viúvas, Virgens (Alegria);

Vermelha
Domingo de Ramos, Sexta-Feira Santa, Santos Mártires e Pentecostes (Fogo e Sangue);

Verde
Domingos do Tempo Comum (Esperança);

Roxa
Advento, Quaresma e Missa de defuntos (Penitência);

Rosa
3º Domingo do Advento e 4º Domingo da Quaresma.
Fonte:
     Pe. João de Deus Góis.







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